Naquele seco frio do teu olhar.
Não me ensinasse a amar, por quer agora tu me pedes amor?
Não me ensinasse a ter pena, por quer agora tu me pedes piedade?
Não me ensinasse a confiar, por quer agora tu me pedes confiança?
E naquele seco frio do teu olhar, aprendi a não chora.
A tua frieza maneira de me toca, ainda sinto o seu cheiro sobre mim.
Mãos e pés congelados, triste fantasma da noite fria que incomodava o meu descanso.
A janela aberta, o vento frio arrepiar minha pele que se esfria.
E de longe assim passava o sonho do bom viver.
E a ti eu pertencia, maldito destino!
Triste essa amargura que irritava mais que os zumbidos.
O pior foi fugir sem ter lugar para ir e debaixo das tuas pálpebras planejei fugir.
Não me toque, não és digno do meu amor.
Amor virar ódio!
Ódio virar gelo e gelo virar pesadelo!
Não me ensinasse a amar, eu que te amava e nem sei o por quer.
O gato do teu tio me trouxe um carretel de linhas pretas.
Lembrei-me do caminho que fiz contigo todo esse tempo.
Como no trança do trico que a linha acabava, o meu sofre por ti também.
E a caixa das más lembranças se queimou junto com o teu falso amor.
(Crislene Santos)


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